Você sabia que existem vários tipos de empilhadeiras e uma associação internacional que é informada sobre a quantidade de empilhadeiras vendidas em cada país? O nome desta entidade é WITS, que significa em inglês World Industrial Truck Statistics. Traduzindo para o português seria “estatísticas mundias sobre máquinas industriais”.
Empilhadeira Trilateral
Índice
Classes e tipos de empilhadeiras de acordo com a WITS
Como fazer que o mundo inteiro reporte as vendas em números absolutos, cada tipo de empilhadeira?
Padronizando. Assim inventaram as classes de empilhadeiras, que vai de 1 à 7. No infográfico falamos de 1 à 6, pulando a 4, porque as classes 1, 2, 3, 5 e 6 são as mais comuns no Brasil, mas já vamos falar da 4 e da 7 também pra vocês.
Classe 1 – Empilhadeiras elétricas de contra-peso
São empilhadeiras similares às empilhadeiras à gás que estamos acostumados a ver no Brasil. Ao contrário do que a maioria pensa, uma empilhadeira elétrica desse tipo pode pegar até 8 toneladas.
Vantagens
Não são máquinas frágeis, nem para serviço leve.
Dependendo da operação a empilhadeira elétrica consegue trabalhar em condições que as máquinas a combustão não conseguem, por exemplo, em pátios quentes e trabalhos árduos onde as empilhadeiras a gás costumam ter problema de super aquecimento. Com um motor elétrico ela pode trabalhar tranquilamente, sem super-aquecer.
Este modelo da foto é uma máquina de 1.600Kg com três rodas. As três rodas permitem que a máquina faça um giro perfeito ao redor da roda dianteira que fica parada, isso significa um corredor de trabalho muito menor, se comparado com a máquina de 4 rodas, que possui um giro maior.
Portanto esta máquina trabalha em ambientes internos e com pouco espaço. Veja a lâmina de especificação técnica de cada fabricante para saber qual o raio de giro e corredor de trabalho desta máquina.
Desvantagens
A desvantagem pode ser que com três rodas o operador seja obrigado a desviar dos buracos, dando uma volta ao redor do buraco, ao invés de deixar o buraco passar por entre as rodas.
Lembrando, é claro, que nenhuma empilhadeira é feita para trabalhar em pátios com muitos buracos, nem a elétrica, nem a combustão. Isso porque as empilhadeiras não possuem amortecedores, então o impacto destrói a máquina em pouco tempo.
A elétrica sofre mais num pátio com buracos porque normalmente suas rodas são “sólidas”, sem câmara de ar. Mas nada impede que elas usem pneus pneumáticos.
Já as empilhadeiras à combustão interna, com pneus pneumáticos, ou seja, com ar, tem esta ajuda na absorção dos impactos dos buracos.
Dentre os tipos de empilhadeiras, este tipo é recomendado para ambientes fechados, câmaras resfriadas e câmaras frigoríficas, porque elas são versáteis, podem percorrer longas distâncias, o operador sentado não se cansa, ela retira paletes do porta-paletes e consegue carregar dentro do caminhão, quando a torre é triplex e baixa o suficiente.
Todos os tipos de empilhadeiras sofrem em câmara fria, por conta dos problemas de vedação com o ambiente externo. A ante-câmara quase sempre tem passagem de ar externo, isso trás umidade, provoca a formação de gelo no chão, trazendo grande risco à operação e deixa a máquina “suada”, cheia de água, que com o tempo vai destruindo todos os componentes eletrônicos e mecânicos.
Classe 2 – Empilhadeiras elétricas retráteis
Empilhadeira Elétrica Retrátil
Neste modelo de empilhadeira o mastro avança e recua, como na foto acima, o mastro está avançado.
Normalmente a bateria não se move junto com o mastro, na foto a bateria está em posição para ser trocada por outra bateria, isso é necessário quando a máquina trabalha mais de um turno e precisa trocar de bateria, deixando uma para carregar e usando outra carregada.
Leia nosso passo a passo sobre como trocar uma bateria tracionária
Esse deslocamento do mastro ajuda a otimizar o espaço dentro do armazém. Contribuindo com o ganho de espaço em dois pontos principais:
1. Utilização máxima do porta-palete
Quando o mastro avança e recua ele permite que o porta garfos, e os garfos, encostem na estrutura porta-palete para retirar o palete em segurança, sem que seja necessário um espaço em baixo da estrutura para encaixar as patolas da máquina. Explicamos isso num vídeo em stop-motion, veja se dá pra entender:
2. Ganho no corredor de trabalho
No vídeo acima também é possível visualizar que a máquina consegue girar num raio menor, necessitando de um corredor de trabalho pequeno, se comparado com a empilhadeira de 4 rodas, porque seu mastro recua e ela ocupa menos espaço no giro.
É por isso que dentre todos os tipos de empilhadeiras disponíveis a empilhadeira elétrica retrátil é a mais utilizada.
Onde é a frente e onde é atrás da empilhadeira elétrica retrátil?
Essa pergunta é mais comum do que você imagina. Como na empilhadeira de contrapeso os garfos ficam pra frente do operador ninguém tem dúvidas onde é a frente e onde é atrás.
Mas na empilhadeira retrátil o operador fica de lado e por indução da outra empilhadeira, acredita-se erroneamente que a frente é pra onde fica os garfos.
A frente da empilhadeira retrátil é a esquerda do operador, o lado onde o operador sobe e desce. A empilhadeira sempre deve se deslocar assim, para esquerda do operador, por dois motivos principais:
visibilidade – olhando para sua esquerda o operador tem o campo de visão livre e desimpedido.
segurança – suponha que o operador sofra um acidente, se choque contra outra empilhadeira, o que acontece com a carga? A carga vem em direção à torre, assim o operador e as pessoas ao redor continuam protegidas. Se a empilhadeira estivesse se deslocando no sentido dos garfos a carga sairia voando, em caso de acidente, e os garfos seriam perigosos às pessoas ao redor.
Classe 3 – Transpaleteiras elétricas e empilhadeiras elétricas patoladas
A transpaleteira elétrica, é um equipamento para movimentação horizontal dos paletes. Ela não está entre os tipos de empilhadeiras, pois ela não empilha, mas é uma máquina usada na movimentação interna de materiais, combinada com as empilhadeiras, e por isso é contabilizada na WITS.
Faz uma pequena elevação apenas para que o palete não se arraste pelo chão. Por ser um equipamento muito mais barato do que uma empilhadeira é amplamente utilizado na movimentação interna dos armazéns e galpões, pois polpa o desgaste da empilhadeira.
Além de transposrtar os paletes de um corredor a outro, é um equipamento versátil que pode carregar e desgarregar caminhões com muito mas segurança do que as transpaleteiras manuais.
Segundo os cálculos da nossa engenharia de aplicação, este equipamento elétrico substitui até 3 transpaleteiras manuais, o que representa uma grande economia para as empresas, alocando os colaboradores em outras funções e oferecendo mais conforto e segurança a todos dentro da operação.
As transpaleteiras elétricas usam baterias de chumbo-ácido, íons de lítio ou hidrogênio.
A empilhadeira patolada com operador em pé é utilizada em pequenas operações, em estoques que possuem poucas posições palete e não possuem uma movimentação muito intensa.
Um bom exemplo de aplicação deste equipamento são os supermercados, nos seus estoques essas máquinas ajudam a subir e descer paletes dos produtos algumas vezes ao dia.
A elevação dos garfos vai até 6 metros de altura, a depender do fabricante.
Classe 4 – Empilhadeiras a combustão interna com pneus cushion
Não são tipos de empilhadeiras muito comuns no Brasil, mas são equipamentos muito comuns nos EUA e por isso usado por empresas americanas. Normalmente acoplados atrás dos caminhões para que o próprio caminhoneiro possa descarregar suas cargas no cliente.
Classe 5 – Empilhadeiras de contrapeso a combustão interna
Empilhadeira A Combustão De Contrapeso, Glp.
Sem dúvida esse é tipo de empilhadeira mais utilizado no Brasil. As empilhadeiras de contrapeso movidas a motor com combustão interna.
As mais populares são as GLP, com botijão de gás. Mas é possível encontrar as de grande porte movidas a Diesel, que podem levantar até 8 toneladas em seus garfos.
É possível fazer uma adaptação e utilizar GNV nas empilhadeiras, existem empresas especializadas nesse tipo de adaptação.
São perfeitas para a movimentação de pátio, carregando e descarregando caminhões pela lateral. Podem usar pneus maciços, ou superelásticos, sem ar, evitando assim que pregos e pedaços de madeira do pátio furem seu pneu todo dia.
As rodas traseiras são as direcionais, são elas que giram, isso foi feito para ganhar agilidade no giro e nas manobras.
A tração é dianteira para garantir máxima aderência ao solo quando estiver carregada, facilitando assim a subida de rampas. Lembrando que as empilhadeiras estão em equilíbrio, o peso da frente, colocado nos garfos, é compensado pelo contrapeso atrás, como numa gangorra.
Em breve vamos escrever um artigo sobre isso.
Esperamos que os tipos de empilhadeiras e sua classificação pela WITS tenham ficado mais claras. Mas se você não entendeu algum ponto deste artigo escreve pra gente que a gente dá um jeito de explicar melhor 😉
Veja o COMPARATIVO que preparamos sobre: cursos de empilhadeira!