O Que Você Deve Saber Sobre as Rodas da Sua Empilhadeira
Quando observamos uma empilhadeira em plena operação, raramente nos damos conta de que grande parte de seus componentes tem origem no setor automotivo.
Excetuando os modelos elétricos, que merecem uma abordagem à parte, as empilhadeiras a combustão utilizam diversos componentes idênticos aos dos automóveis convencionais.
Motores, transmissões, sistemas elétricos e eletrônicos, direção (embora invertida, pois a empilhadeira esterça as rodas traseiras), sistemas hidráulicos, iluminação e freios são, essencialmente, os mesmos encontrados nos carros de passeio, ainda que calibrados para o ambiente industrial.
Entretanto, algumas partes desse equipamento exigem um projeto e componentes completamente específicos para a aplicação em empilhadeiras. O chassi, a torre de elevação e, principalmente, o conjunto de rodagem – composto pelas rodas e pneus – são exemplos claros dessa diferenciação.
A importância das rodas na empilhadeira
Para garantir segurança e desempenho, a roda de uma empilhadeira deve ser projetada para suportar toda a vida útil do equipamento, desde que sejam realizadas as manutenções adequadas e seguidas as boas práticas operacionais.
Os pneus das empilhadeiras são verdadeiras obras de engenharia, operando com pressões extremamente altas, entre 110 e 120 PSI. Para efeito de comparação, os pneus de um carro de passeio costumam operar entre 30 e 40 PSI.
Além disso, existem os pneus superelásticos (maciços), ainda mais rígidos e que exigem um processo de montagem diferenciado.
Devido à necessidade de suportar grandes cargas, esses pneus são tão rígidos que não podem ser montados da forma tradicional, como acontece em veículos de passeio.
Para viabilizar a montagem correta, a roda precisa ser desmontável e projetada especificamente para esse tipo de aplicação.
Diferente dos automóveis, onde o pneu é montado sobre a roda, na empilhadeira ocorre o inverso: a roda é fixada dentro do pneu, garantindo que ele seja instalado corretamente e sem comprometer a segurança do equipamento.
A durabilidade e a segurança das rodas industriais
Uma roda de empilhadeira precisa resistir a múltiplas trocas de pneus ao longo de sua vida útil e garantir a segurança tanto do operador quanto das pessoas que circulam ao redor da máquina.
Por isso, essas rodas seguem normas rigorosas de fabricação, que não se limitam às dimensões do material, mas garantem compatibilidade com diferentes fabricantes de pneus. Isso permite um encaixe seguro e eficiente, essencial para evitar falhas operacionais e riscos de acidentes.
O que verificar ao escolher uma roda para sua empilhadeira?
Procedência do produto – Certifique-se de que a roda tem rastreabilidade e que o fabricante segue padrões de qualidade reconhecidos.
Presença de marcações e identificação – Rodas com números impressos e códigos de rastreamento garantem maior controle de qualidade.
Uso de rodas novas – Evite rodas reformadas ou usadas, pois seu histórico de uso pode comprometer a resistência e segurança do equipamento.
Capacidade de carga e comparação com rodas automotivas
As rodas industriais são muito mais robustas do que as automotivas. Para exemplificar, uma roda de carro comum suporta cerca de 700 kg a 80 km/h e até 1.000 kg a 20 km/h. Já uma roda de empilhadeira, com dimensões similares, pode suportar mais de 4.400 kg a 20 km/h.
Essa resistência se reflete no preço: qualquer oferta com valores muito abaixo do mercado deve ser analisada com cautela. Rodas de baixa qualidade comprometem a segurança e podem gerar custos operacionais elevados devido a falhas prematuras e paradas inesperadas do equipamento.
Como garantir a melhor escolha?
Para adquirir rodas confiáveis, pesquise sobre fabricantes especializados e, em caso de dúvidas, opte por comprar diretamente do fornecedor da sua empilhadeira. Esse cuidado garante tranquilidade operacional e evita prejuízos com paradas inesperadas – um dos maiores custos operacionais das empresas que utilizam empilhadeiras.
Investir em qualidade é investir na produtividade e segurança da sua operação.
Artigo escrito por André Pissetti - CEO da Rodacs, fabricante de rodas para empilhadeiras.
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