Com o advento da tecnologia, e da telemetria, os equipamentos de movimentação e armazenagem ganham, a cada dia, mais um desempenho.
Índice
Ganhos de produtividade com a tecnologia
Primeiramente a tecnologia da telemetria permite aos operadores logísticos ganhos de produtividade permitindo assim que mais cargas, paletes e materiais sejam movimentados de forma consistente e constante.
Ainda que esses equipamentos sejam modernos e mais produtivos, além de exigirem uma intervenção de manutenção reduzida devido a componentes inteligentes e mais duráveis, os custos envolvidos numa operação logística, sobretudo com os próprios equipamentos.
Mais do que isso, os riscos inerentes à operação tem despertado o interesse dos usuários/compradores de equipamentos para um novo universo, que está ganhando espaço na intralogístca: a TELEMETRIA.
O que é telemetria?
Mas o que é realmente essa telemetria procurada pelos usuários? Qual sua finalidade?
Quais benefícios que uma empresa obtém no instante que uma montanha de dados começa e aparecer nas telas dos gestores de operações logísticas?
Bem, dentro de minha história profissional, tive a oportunidade de trabalhar para um importante conglomerado francês que possui uma divisão de tecnologia automotiva, na qual nossos produtos eram justamente soluções de gestão de frota.
Lembro-me de, como gestor e coach, ter experienciado situações onde descobríamos as mais diversas necessidades e nossa missão era justamente canalizar essas mesmas necessidades para o produto/solução mais apropriada na ocasião.
A telemetria é o ato de “medir à distância”, ou seja, conhecer o que está acontecendo com o equipamento no momento em que ele é operado, qual sua condição, os parâmetros mais importantes em seus sistemas e qual a situação operacional em que se encontra.
Alguns pontos importantes são sempre considerados quando falamos em telemetria:
Pressão de sistemas hidráulicos;
Temperatura do sistema de arrefecimento (máquinas a combustão);
Consumo de combustível (GLP e Diesel em máquinas a combustão);
Tensão e corrente em máquinas elétricas;
Velocidade de deslocamento em retas e curvas (obtidas através da medição de angulação de giro do volante/timão);
Tempo de máquina parada ligada e em operação (níveis de produtividade);
Carga de bateria tracionaria (máquinas elétricas);
Identificação do operador em atividade;
O que a telemetria é capaz de medir?
Além desses oito parâmetros, muitos outros podem ser adicionados e até mesmo personalizados em sistemas como o STILL Fleet Manager ou o LINDE Connect, que permitem várias configurações e adaptações de acordo com a exigência da operação.
No item 7, citado acima, vai uma especial atenção às cargas de baterias tracionárias e os riscos que uma ingerência destas pode ocasionar descargas severas (abaixo de 15%).
Inegavelmente as “descargas profundas”, ocasionam danos à bateria e podem comprometer as mesmas e em seguida, afetar sistemas das máquinas como motobombas hidráulicas, motores de tração e módulos eletrônicos de controle (certamente os módulos eletrônicos são os que mais sofrem).
Pior do que isso, após uma descarga profunda, a bateria precisa de intervenção técnica para ser recuperada.
Só para ilustrar, o custo total de reparo (mão de obra + componentes) pode chegar a 40% do custo de aquisição de uma bateria nova (baterias podem passar de R$ 50 mil).
Tive no passado um cliente que utilizou um sistema de gestão de frotas e de telemetria. O principal foco era justamente o controle da gestão de cargas de baterias das empilhadeiras elétricas. Acreditem, ele gastava, e gastava muito, com problemas de gestão de cargas de baterias.
Telemetria e a prevenção de acidentes
A prevenção de acidentes também é um fator de risco e muito abordado na telemetria e gestão da frota.
De fato, o risco e a preocupação com o bem-estar humano são fatores que por si só já justificam controlar a operação e inclusive restringir ações dos operadores, de forma remota e que possam trazer riscos reais de acidentes.
Os sistemas de telemetria inclusive permitem a personalização de parâmetros de acordo com a proficiência de cada operador em cada equipamento.
Os benefícios na gestão de frotas
Controlar e gerir a frota pode trazer benefícios como:
Reduzir os custos com manutenção (os sistemas controlam os horímetros e avisam quando a máquina deve parar para a preventiva);
Redução de acidentes e custos envolvidos (pessoal e material);
Reduzir os custos operacionais (combustível, peças);
Adequação de frota (as medições de desempenho permitem ajustes às quantidades de equipamentos dentro de uma operação);
Adequação de pessoal envolvido na operação logística;
Ganhos com maior disponibilidade de máquinas = mais paletes movimentados por equipamento;
Quando aplicar a gestão de frota? Essa é uma pergunta que os gestores me fazem e eu geralmente respondo com algumas perguntas:
Você, hoje na atual situação sabe como está o status dos equipamentos na operação?
Você sabe qual máquina produz mais, qual está dando mais trabalho quando falamos de manutenção?
Qual o nível de produtividade de cada operador? E os acidentes?
É um tanto difícil especificar um número, mas por outro lado, só para ilustrar, acredito que, acima de 8 equipamentos, quando muito exigidos, acima de 350 horas/mês, está na hora de começar a controlar a frota de forma sistêmica.
Ao mesmo tempo é muito, muito importante mesmo, salientar que ter somente os dados obtidos pela telemetria sem implementar um sistema de controle, “ranqueamento” dos operadores e sem gerir diariamente os equipamentos, você estará simplesmente jogando dinheiro fora.
E certamente isso “dói” a qualquer gestor, pois é desperdício e nesse atual momento que vivemos, não podemos nos dar ao luxo de tal coisa.
Controle da frota pelo celular
Para isso, os sistemas de gestão e telemetria informam no seu celular os dados, infrações e inconsistências que possam afetar sua operação
Após esse “disparo informativo”, mesmo do celular ou de um computador dedicado à gestão, ações preventivas podem ser tomadas, permitindo controle e gestão eficiente dos equipamentos e da equipe.
A cada dia que passa seremos mais exigidos, o mundo, a economia e o ambiente competitivo sempre demandarão mais de todos nós.
Em conclusão e diante deste cenário, utilizar ferramentas inteligentes de gestão e que entregam informações contundentes e na medida exata para a correta tomada de decisão serão cada vez mais comuns em nossas organizações.
Um abraço!
Nota editorial: Este artigo foi escrito por Eduardo Isaac, profissional competente e parceiro do projeto Empilhando.com.br. Atualmente está em busca de novos desafios e você pode visitar o perfil dele no LinkedIn clicando aqui.